Publicação inglesa destaca que o "interesse em um modo de vida em que as pessoas evitam todos os produtos de origem animal está em alta"
Por Paloma Amorim - Moringa da Paz
O The Economist* publicou em sua revista anual “The World in 2019”**, que se encontra em sua 33ª edição e aborda e discute tendências e projeções, que 2019 é o ano do veganismo, prevendo um crescimento jamais visto em relação à popularidade de uma filosofia de vida que rejeita o consumo de qualquer produto de origem animal.
A publicação tradicional inglesa informa que o "interesse em um modo de vida em que as pessoas evitam não apenas carne e couro, mas todos os produtos de origem animal, incluindo ovos, lã e seda, está em alta". O mercado não conseguirá mais fechar os olhos para essa realidade e, como consequência disso, já está se adaptando para atender a essa nova gama de consumidores conscientes que só tende a crescer.
“O negócio de refeições veganas está crescendo. As vendas de alimentos veganos nos EUA até julho de 2018 aumentaram dez vezes mais rápido do que as vendas de alimentos em geral”, destaca o The Economist, acrescentando que empresas gigantescas de alimentos estão entrando na onda, criando linhas veganas próprias e/ou comprando startups, a exemplo da Tyson Foods e Big Meat.
John Parker, correspondente e autor do artigo, enfatiza que, a partir deste ano, serão servidas refeições veganas em todas as escolas de Los Angeles, na Califórnia. Em sua última reunião anual, a Associação Médica Americana recomendou que os hospitais ofertem mais opções vegetarianas e veganas.
O The Economist acredita que a resistência por parte dos governos em encorajarem o vegetarianismo e o veganismo pode mudar a partir de 2019, destacando que na Comissão Europeia, por exemplo, já se discute um processo de definição formal da alimentação vegetariana e vegana, visando proporcionar uma medida de segurança jurídica.
“Empresas veganas [e não veganas] estão fazendo substitutos de carne que realmente parecem e têm gosto de carne. Quando um bife vegano feito pela Vivera, uma empresa holandesa, chegou aos supermercados em junho, 40 mil unidades foram vendidas em uma semana. Se as "carnes" à base de vegetais decolarem, poderão se transformar em uma tecnologia transformadora, melhorando a dieta rica em proteínas dos ocidentais, reduzindo a pegada ambiental da pecuária e talvez até reduzindo o custo dos alimentos nos países pobres”, conclui a publicação.
Confira a matéria completa no site: https://worldin2019.economist.com/theyearofthevegan.
*O The Economist é uma publicação inglesa de notícias e assuntos internacionais (política, economia, negócios e finanças) fundada por James Wilson no ano de 1843. A revista é editada em Londres, no Reino Unido- onde fica sua sede. Por questões históricas, refere-se a si mesma como um jornal, mas suas edições são impressas sob o formato de revista. Sua circulação média semanal é de cerca de 1,5 milhão de exemplares, sendo metade vendida nos EUA.
**O "The World in 2019" é uma publicação anual da The Economist que pode ser encontrada no app ou no site da própria revista: https://worldin2019.economist.com/?utm_source=412&utm_medium=COM.